Encravada na zona meridional da Ásia, Myanmar é o nome que utilizam os habitantes para descrever o seu lar, ao que os britânicos chamavam Burma, Birmânia em português. Desde 1989 reivindicaram o seu actual nome e assim se chama hoje esta zona também conhecida como a "Terra do Ouro" pelas suas riquezas naturais e a generosidade do seu clima. Esta nação divide fronteiras com diversos países asiáticos, aspecto que definiu muito as características da sua cultura. Tal como os seus vizinhos, em Myanmar combina-se a herança chinesa e hindu junto com outras raças e crenças ainda que em menor grau, também contribuem na formação da multi-culturalidade do país. Percorrer as ruas e as paisagens do interior é uma experiência difícil de descrever

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Yangon: É a capital do país e está situada nas margens do rio Hlaing a 30 quilómetros da costa. As suas ruas largas ainda conservam a arquitectura das suas edificações características da época da colonização britânica. De noite, a vida torna-se mais divertida na cidade e nos bares. Os restaurantes fazem gala com as suas melhores especialidades. Um dos atractivos mais importantes de Yangon, além do seu casco colonial, é sem dúvida o Pagode de Shwedagon que data do século XV e mede quase 100 metros de altura. O budismo considera este lugar como um dos mais destacados centros sagrados. É impressionante as várias lâminas de ouro com que se decorou a construção, Shwe significa dourado, além de contar com uma valiosa colecção de jóias e pedras preciosas que pertenceram a reis e nobres do país. 2.500 anos de antiguidade deram margem a uma colecção de 8.000 lâminas de ouro, 5.000 diamantes e outras 2.000 pedras preciosas. Outros pagodes importantes são: o Pagode de Sule, que se encontra no centro da cidade; o Pagode Kada Aye, construído para recolher ao sexto sínodo budista e para comemorar o 2.500 aniversário da "Iluminação de Buda"; e o Pagode Botataung que foi reconstruído na sua totalidade depois da Segunda Guerra Mundial e é conhecido pelas reformas no tecto que estão compostas de espelhos. O Museu Nacional encontra-se na rua Pansodan (Phayre) e guarda verdadeiras peças de colecção. É composto por três andares e é no primeiro andar onde se encontra as relíquias reais e os tesouros arqueológicos.

Bagan: A proximidade do rio Ayeyarwady permitiu o desenvolvimento de uma importante civilização agrícola em torno de Bagan. Desde 1975, a UNESCO impulsiona um ambicioso programa de restauração dos principais monumentos, em que participam centenas de trabalhadores locais. A cidade de Bagan é um tesouro arquitectónico, conhecido pelos seus numerosos templos. A antiga capital birmana tem mais de um milénio de antiguidade, como confirmam as suas ruínas, a 190 quilómetros a sul de Mandalay, um dos lugares arqueológicos mais importantes da Ásia. Entre os mais de dois mil pagodes, destaca-se pela sua elegância Dhammayangyi, pela sua altura Thatbyinnyu, e pela sua beleza o de Ananda, um santuário onde se encontram diversas imagens de Buda, e ao que se chega atravessando diversas galerias centricas. Ananda tem o nome do um discípulo favorito de Buda, guia do budismo na Birmânia. O pagode de Shwezigon tem interesse por ser o primeiro monumento construído com os nascentes de ouro do rei Anawraahta. Outro templo importante é o de Sulamani, construído em 1174 pelo rei Narapatisithu. Possui relevos e estátuas de carácter tântrico em cor branco azulado escuro. Porém, o mais comovedor é a fachada.

Mandalay: Mandalay foi a última capital de Myanmar antes da invasão britânica e por isto tem uma importância vital como centro cultural. É a segunda cidade mais povoada do país e o meio de transporte mais comum da zona são os trishaws e as carroças. As suas zonas desertas constituem uma paisagem de inigualável beleza. É chamada "a dos brancos templos e embarrados arrozais pintados pelo rio Ayeyarwady". De cor branco é o Pagode de Kuthodaw, que conta com 729 monumentos de mármore alinhados, lápides que recebem a escritura do canon budista como uma Bíblia petrificada. O negro mosteiro de madeira Shwe Nandaw Eyaung, construído quase apenas numa peça, é uma das mais originais amostras de arquitectura birmanesa em madeira. O Palácio Real é também uma bela e impressionante amostra da arquitectura de madeira. Foi incendiada durante a Segunda Guerra Mundial, como muitos outros monumentos. Outro exemplo deste estilo é também o Shwenandaw Kyaung, antigo palácio do rei Mindon, hoje convertido em mosteiro. Desde a colina de Mandalay obtêm-se as melhores vistas da cidade. A seus pés está o Pagode Kyauktawgy, também da época do rei Mindon, com um Buda de mármore no seu interior. Foram necessários 10.000 homens durante 13 dias para instalar no templo. Ao sul da cidade, outro pagode, o de Mahamuni.

Lago Inle: A nordeste de Myanmar situa-se o Lago Inle, rodeado de colinas e onde florescem as orquídeas. É admirável a beleza com que flutuam nas suas águas nenúfares e jacintos flutuantes. Nas suas margens vivem os Intha, "Homens do Lago", que cultivam vegetais sobre ilhas flutuantes e remam com as pernas. Um espectáculo impressionante e cheio de misticismo. A população Intha idealizou uma forma original de cultivo, que aproveita a vegetação para criar verdadeiras hortas flutuantes sobre a água. Na actualidade a comunidade está formada por cerca de 70.000 pessoas, instaladas nas aldeias e ilhas do lago e vivem sobre este e onde exercem os seus cultivos flutuantes e a sua actividade pesqueira. Os Intha praticam formas peculiares de pesca e agricultura, visto que esta realiza-se sobre ilhas vegetais de um metro de grossura, que flutuam sobre a água. Por esta zona encontra-se Heho que é onde está o aeroporto e é a verdadeira porta de acesso ao lago Inle. Situa-se também neste ponto Taunggyi, a capital Shan, que domina o lago e conta com vários picos. O que mais sobressai é o Taunggyi ou "Grande Montanha". Perto encontra-se um colorido mercado popular e o Museu Regional. No mercado aquático de Ywana que se realiza a cada cinco dias, os populares chegam com as suas barcas para vender as suas verduras e hortaliças. Um circuito recomendável em barco para passear pelos jardins flutuantes e o Mosteiro de Kyang Phaung Daw U, o lugar mais sagrado do estado de Shan. Não muito distante existe um centro termal onde se pode desfrutar de piscinas comunitárias. Também não podemos esquecer o Santuário dos Nat, acessível unicamente em canoa. Encontra-se perto de Nanthe entre grandes comércios, porque a tradição impede cortar árvores.

Clima: Varia dependendo da zona: equatorial em zonas costeiras e tropical de monções no interior. As chuvas aparecem entre Junho a Outubro sendo que o índice de humidade é bastante alto durante todo o ano.

Documentação: É necessário Visto e Passaporte com validade mínima de 6 meses.

O Que Levar na Mala: Recomendamos que leve roupa de verão com tecidos naturais e ligeiros. Para os meses de inverno é necessário levar alguma roupa mais quente para as noites mais frias

Moeda: A moeda de Myanmar é o Kiat. 1€ = 8 MMK, no entanto não são aceites euros localmente nem é possível o seu câmbio, sendo que a moeda usada por turistas é o dólar.

Idioma: O idioma oficial é o birmano, no entanto também se fala inglês.

Diferença Horária em relação a Portugal: + 6h30